terça-feira, 11 de abril de 2017

A GÊNESIS e a Espiritualidade



Gênesis 2


1 Assim foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há.
2 No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou.
3 Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação.
4 Esta é a história das origens dos céus e da terra, no tempo em que foram criados: Quando o Senhor Deus fez a terra e os céus,
5 ainda não tinha brotado nenhum arbusto no campo, e nenhuma planta havia germinado, porque o Senhor Deus ainda não tinha feito chover sobre a terra, e também não havia homem para cultivar o solo.
6 Todavia brotava água da terra e irrigava toda a superfície do solo.
7 Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente.
8 Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, para os lados do leste; e ali colocou o homem que formara. (Outra Galáxia, ou Sistema de Planetas)
9 O Senhor Deus fez nascer então do solo todo tipo de árvores agradáveis aos olhos e boas para alimento. E no meio do jardim estavam a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. (Mundo Primitivo)
10 No Éden nascia um rio que irrigava o jardim, e depois se dividia em quatro.
11 O nome do primeiro é Pisom. Ele percorre toda a terra de Havilá, onde existe ouro.
12 O ouro daquela terra é excelente; lá também existem o bdélio e a pedra de ônix.
13 O segundo, que percorre toda a terra de Cuxe, é o Giom.
14 O terceiro, que corre pelo lado leste da Assíria, é o Tigre. E o quarto rio é o Eufrates.
15 O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo.
16 E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim,(Livre-Arbítrio dado ao espírito humano)
17 mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá".(Obediência às Leis da Natureza e Causa e Efeito)
18 Então o Senhor Deus declarou: "Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda". (Solidariedade e Companheirismo)
19 Depois que formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, o Senhor Deus os trouxe ao homem para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o seu nome.
20 Assim o homem deu nomes a todos os rebanhos domésticos, às aves do céu e a todos os animais selvagens. Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe correspondesse.
21 Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne. (Criou a carência na carne para que houvesse o companheirismo e o sentimento de compartilhamento)
22 Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a trouxe a ele. (Aquela que supriria a carência afetiva)
23 Disse então o homem: "Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada". (Tanto o homem quanto a mulher teriam necessidades carnais, sendo a mulher escolhida para a reprodução das espécies, a parte que seria organicamente atraente)
24 Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. (Casamento e a responsabilidade de deixar de sustentar a casa dos pais no campo e sustentar sua família)
25 O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha. (Foram criados puros e simples de qualquer conveniência social)


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É importante ressaltar que a bíblia trazia a alegoria da criação humana no planeta Terra, onde as almas foram também criadas após a existência material do planeta e algumas almas vieram de outros orbes, onde já viveram no Éden, ou seja, as experiências espirituais e materiais dos gozos humanos e se perderam, praticando a desobediência às Leis Naturais de Deus e estavam sofrendo as consequências universais da Lei de Causa e Efeito.
Desta forma, entende-se que haviam serem primitivos e seres experientes na vida humana que reencarnariam juntos e precisariam uns dos outros.
Devido aos problemas de desenvolvimento da racionalidade dos espíritos recém criados, as provas seriam testes do bem e do mal, na convivência com seres já experientes que trariam as sementes do bem e do mal na convivência com aqueles que estavam "nus". Ou seja, eram simples e ignoravam todas as coisas da natureza e do mundo. Não haviam feito o bem, nem o mal ainda para sofrer expiações. Esta era a realidade da Terra primitiva.


VEJA O LIVRO DOS ESPÍRITOS:
 76. Como podemos definir os Espíritos?
    — Podemos dizer que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Eles povoam o Universo, além do mundo material.
Comentário de Kardec:  Nota. — A palavra Espírito é aqui empregada para designar os seres extra- corpóreos e não mais o elemento inteligente universal
 77. Os Espíritos são seres distintos da Divindade, ou não seriam mais do que emanações ou porções da Divindade, por essa razão chamados filhos de Deus?
 – São sua obra, precisamente como acontece com um homem que faz uma máquina; esta é obra do homem e não ele mesmo. Sabes que o homem, quando faz uma coisa bela e útil, chama-a sua filha, sua criação. Pois bem, dá-se o mesmo com Deus: nós somos seus filhos, porque somos sua obra.
 78. Os Espíritos tiveram princípio ou existem de toda a eternidade, como Deus?
 – Se os espíritos não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus; mas, pelo contrário, são sua criação, submetidos à sua vontade. Deus existe de toda a eternidade, isso é incontestável; mas quando e como ele nos criou não o sabemos. Podes dizer que não tivemos princípio, se com isso entendes que Deus, sendo eterno, deva ter criado sem cessar; mas quando e como cada um de nós foi feito, eu te repito, ninguém o sabe; isso é mistério.
 79. Uma vez que há dois elementos gerais do Universo: o inteligente e o material, poderíamos dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente, como os corpos inertes são formados do material?
 — É evidente. Os Espíritos são individualizações do princípio inteligente, como os corpos são individualizações do princípio material; e a maneira dessa formação é que desconhecemos.
 80. A criação dos Espíritos é permanente ou verificou-se apenas na origem dos tempos?
 — É permanente, o que quer dizer que Deus jamais cessou de criar.
 81. Os Espíritos se formam espontaneamente ou procedem uns dos outros?
 — Deus os criou, como a todas as outras criaturas, pela sua vontade; mas repito ainda uma vez que a sua origem é um mistério.
 82. É certo dizer que os Espíritos são imateriais?
 — Como podemos definir uma coisa, quando não dispomos dos termos de comparação e usamos uma linguagem insuficiente? Um cego de nascença pode definir a luz? Imaterial não é o termo apropriado; incorpóreo, seria mais exalo; pois deves compreender que, sendo uma criação, o Espírito deve ser alguma coisa. É uma matéria quintessenciada, para a qual não dispondes de analogias, e tão eterizada que não pode ser percebida pêlos vossos sentidos.
 Comentário de Kadec: Dizemos que os Espíritos são imateriais, porque a sua essência difere de tudo o que conhecemos pelo nome de matéria. Um povo de cegos não teria palavras para exprimir a luz e os seus efeitos. O cego de nascença julga ter todas as percepções pelo ouvido, o olfato. o paladar e o tato; não compreende as idéias que lhe seriam dadas pelo sentido que lhe falta. Da mesma maneira, no tocante à essência dos seres super-humanos. somos como verdadeiros cegos. Não podemos defini-los, a não ser por meio de comparações sempre imperfeitas ou por um esforço da imaginação(1)
 83. Os Espíritos terão fim? Compreende-se que o princípio de que eles emanam seja eterno, mas o que perguntamos é se a sua individualidade terá um termo, e se, num dado tempo, mais ou menos longo, o elemento
de que são formados não se desagregará e não retornará à massa de que saiu, como acontece com os corpos materiais. É difícil compreender que uma coisa que teve começo não tenha fim.
    Há muitas coisas que não compreendeis porque a vossa inteligência é limitada; mas isso não é razão para as repelirdes. O filho não compreende tudo o que o pai compreende, nem o ignorante, tudo o que o sábio compreende. Nós te dizemos que a existência dos Espíritos não tem fim; é tudo quanto podemos dize por enquanto.         

(1) Os Espíritos revestidos de perispírito são o objeto desta referência. Sem o períspirito nada têm de material, como vemos na resposta ao item 79. (N. do T.)

por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires


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