Oi Pessoal!
Aqui é a Manu novamente... Acordei cedinho hoje inspirada pelos bons espíritos Laura e Shelton me intuindo a contar para vocês como um evangelizador ou vários fazem diferença na nossa vida... E feliz, levantei para escrever esta história verídica para vocês da minha rebeldia triste de 13 anos:
Nasci numa família espírita de origem católica e umbandista, e aos 13 anos comecei a entrar naquelas crises de esgotamento emocional quando tudo fica entediante e nem mesmo a alegria cristã me motivava a querer estar na evangelização, pois todas as músicas eram cantadas há muitos anos do mesmo jeito pelas mesmas pessoas no centro espírita e chega um dia que queremos algo novo ou atividades inovadoras em outro lugar.
Então, a espiritualidade amiga vendo que eu me entediava fácil com as músicas da alegria cristã e preferia meu antigo walk man aiwa da moda de 1999, começaram a me colocar em outro rumo, até que um dia a protetora Bianca, que falava sempre comigo me deu uma chama visual e profunda:
__Manu, você prometeu seguir Jesus e cuidar de sua irmãzinha que está para vir!
Depois daquela aparição, num momento de raiva crônica por um castigo que provavelmente eu havia merecido de ficar em casa sozinha trancada, fiquei meditando no que minha protetora esperava de mim, uma alma rebelde ainda do corpo e do espírito.
Minha alma tinha dupla personalidade naquela fase da vida, pois o acúmulo de vivências desagradáveis da infância se misturava a uma série de fatos de vidas passadas e eu não queria saber de religião. Hoje, curadas com apometria (TVP).
Conheci o Oratório do Soldado no SMU, aqui em Brasília, como uma grande igreja católica que meus amigos da vila militar me levaram para assisti-los tocar músicas de Maria de Nazaré e conhecer coisas novas do mundo gospel católico. Naquele dia eu adorei o show, mas detestei a missa. Todos aqueles rituais me irritavam interiormente, sentar, levantar, decorar, acender velas, não dava mais para minha alma, eu saí de fininho para o banheiro e meus amigos ao me procurarem me encontraram na Cruzada dos Militares Espíritas. Um bloco ao lado com pessoas boas e sérias que me entregaram um folheto simples: Conheça o Espiritismo.
Na verdade, eu já conhecia o Espiritismo, mas tinha que ter certeza que este caminho era o melhor para minha evolução e não os outros, pois religião puramente não me atraía. Mas, naquele dia, a palestra de Sócrates (Um oficial do Exército) sobre a filosofia do Livro dos Espíritos me fez mudar de ideia. Esse evangelizador não era bonito, nem novo, mas era um simpático pai de família. Para mim, não importava patente de Exército, muito menos coisas que os adultos valorizam para gostar de uma pessoa. A voz bondosa dele e da evangelizadora Cida foram o suficiente para me acolher a alma e a razão estavam meio desnorteadas.
Depois de alguns domingos matinais, comecei a ouvir Cida cantando músicas novas que, como esposa de militar, viajada e cheia de novidades trazia para o Centro Espírita um ar de inovação. Me encantei pela música : O semeador! Era uma parábola do evangelho adaptada para crianças e jovens. O ritmo era bom, a presença materna da evangelizadora era cativante... e eu fui ficando na evangelização para ajudá-la a cuidar das crianças para aprender as músicas novas. Deixando a rebeldia guardada para momentos em que a vida precisaria de uma reforma social na Universidade.
Desta forma, os evangelizadores fazem muita diferença nas nossas vidas. E como fazem, pois uma alma perdida de muitos séculos começa a encontrar significados novos, utilidade para novos caminhos, conceitos mais esclarecedores e a alma vai se regenerando... Foi neste lugar também que ouvi a palavra REFORMA ÍNTIMA pela primeira vez, do palestrante Assad. Todos o respeitavam muito naquela época e eles cantavam hinos militares espíritas para adultos que eu não entendia a profundidade do significado, mas havia um capitão Maurício, que por algum motivo era muito importante no meio deles no sentido espiritual de sua encarnação... Entendi que era um mentor como o Bezerra de Menezes é para nós, um exemplo de coragem. Porém, os conceitos de honra e de valores morais de dever cumprido entre os militares era algo que me identificava. Pois no mundo civil, quantas vezes queremos fazer algo bom apenas porque as pessoas estão vendo ou nos aplaudindo, não é mesmo?
Entre os militares esses conceitos de disciplina do dever são mais do que normas que alguém precisa ficar ditando no seu ouvido. É algo simples: faça o seu melhor pois os grandes espíritos não esperavam nada de ninguém, seja bom e honrado por si mesmo, basta o exemplo de Jesus e Kardec.
Desta forma, mesmo sendo a única jovem espírita da minha turma da vila militar que era um peso católico tocando violão nas pracinhas, não era uma alma "Maria vai com as outras". Com todo respeito à religião dos amigos. Mas, algo no meu passado, me cansava com religiões e eu precisava de mais independência filosófica para pensar por mim mesma. E aos 14 anos ouvia minha protetora dizer: Manu, acorde, vamos estudar! E lá ia a manu atravessar a vila toda para assistir a aula de evangelização no Oratório do Soldado...
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